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quinta-feira, 10 de julho de 2025

Execução Vídeo mostra jovem algemado sendo executado a tiros por policial militar em Bom Jesus (RS)

 Um vídeo enviado anonimamente ao Ministério Público provocou reviravolta em uma investigação sobre a morte de Geovane Matias Maciel, de 19 anos, ocorrida em 4 de março deste ano no município de Bom Jesus, na Serra Gaúcha. As imagens mostram o jovem sendo baleado duas vezes por um policial militar enquanto estava imobilizado, com as mãos algemadas para trás.

O caso havia sido inicialmente registrado como “oposição à intervenção policial”, com base no relato dos PMs envolvidos. Segundo o boletim de ocorrência da época, Maciel teria reagido com uma faca durante a abordagem, o que levou os policiais a abrirem fogo. O jovem morreu no local.

A situação mudou no final de junho, quando o Ministério Público recebeu a gravação que contradiz a versão oficial. No vídeo, é possível ver o momento em que Maciel, algemado, recebe um disparo quase à queima-roupa na cabeça. Em seguida, já caído, ele é atingido por outro tiro. A perícia confirmou que os disparos na cabeça e no tórax causaram a morte, mas a necropsia também apontou dois tiros anteriores no abdômen, indicando que ele já havia sido baleado antes mesmo do início da gravação.

A Polícia Civil, diante das novas evidências, instaurou um novo inquérito. O caso passou a ser conduzido pela Delegacia de Polícia de Vacaria. Quatro policiais militares do 10º BPM foram afastados das funções: Emerson Brião (apontado como autor dos disparos), Bruno Moogen Souza Ramos, Geremias Pezzi Paim e André Remonti. O pedido de prisão preventiva do policial que atirou já foi encaminhado, mas ainda depende de decisão judicial.

Segundo apuração, Geovane era passageiro de um carro de aplicativo parado em uma blitz, onde os policiais descobriram um mandado de prisão contra ele. O jovem era suspeito de incendiar a casa da ex-companheira e responderia também por outros crimes, incluindo furto, ameaça e até latrocínio quando menor de idade.

As defesas dos policiais afirmam que o vídeo mostra apenas um recorte do ocorrido e que os três PMs que não atiraram foram surpreendidos pela ação do colega. Já o advogado de Emerson Brião declarou que colabora com as investigações, mas prefere se manifestar apenas nos autos.

O novo inquérito tem prazo de trinta dias para ser concluído. O vídeo está sendo periciado junto com as armas utilizadas pelos policiais e os projéteis extraídos do corpo da vítima. A Justiça foi informada do andamento da nova investigação, que corre em sigilo.

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